Hora do Briefing

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011 0 comentários

Vamos falar do Briefing, como todos os futuros designer já devem estar cansados de saber, ou pelo menos deveriam estar o briefing é um dos fatores fundamentais em todos os processos de desenvolvimento de nossa área, seja ela gráfica ou de produto. É com a ajuda do briefing que ditaremos um direcionamento em relação ao produto até chegar ao público alvo, de modo que a criação cumpra com seu dever e sempre traga bons resultados. Devemos sempre estar atentos na hora de apresentar a idéia ao cliente que nos contratou, de que tudo foi pensado de modo que atenda da melhor forma possível as exigências do cliente final e que o design deve sempre ser feito para o cliente final, não para si próprio. Esse ultimo termo, também se torna bastante eficaz contra clientes contratantes que gostam de questionar e dar palpites em nosso trabalho sem nenhum conhecimento especifico em design.

Deixando a ironia do nosso ramo de lado e voltando ao Briefing.

De acordo com o livro Design de Embalagem - 100 fundamentos de projeto e Aplicações (Blucher, 2010 p.10), o briefing ajuda o designer a entender os requerimentos de marketing e de vendas do seu cliente, bem como a gerenciar seu relacionamento. O briefing do cliente deve abranger os aspectos relativos à marca, fabricação e percepção pelo público. Ele deve definir padrões e fatores do público que ditam um tratamento específico do design. Deve explicar como será feito o desenvolvimento da embalagem nos processos de fabricação, armazenagem, distribuição e disposição nas prateleiras da forma mais rentável.


Segue abaixo um modelo de briefing retirado via stasabendo.com

MODELO – BRIEFING CRIATIVO*

Cliente / Responsável no Cliente:
Nome da empresa e nome, telefone e email do representante no cliente. Entendendo-se por “cliente” quem paga ou quem aprovará o trabalho.

Projeto:
Exemplo: “Campanha de lançamento do produto X”

Preparado por:
Nome do responsável pela emissão do briefing (você).

Aprovado por:
Cliente: Data:
Agência: Data:
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1) Cenário:
Qual é a “big picture”, a visão geral. O que está acontecendo no mercado. E qualquer outra coisa que esteja acontecendo do lado do cliente que a criação deva tomar conhecimento.

Aqui é quando você apresenta o projeto à criação.

2) Qual o objetivo, o propósito da peça ou campanha?
Tente colocar de forma resumida o efeito que o anúncio deve provocar nos consumidores. Geralmente se coloca isso em uma frase expressa em forma de ação e, freqüentemente, focada também no que você quer que os consumidores pensem, sintam ou façam.

3) Público-Alvo: com quem estamos falando?
Quanto mais preciso e detalhado você for, melhor. Vá além de idade e sexo, inclua dados demográficos e psicográficos. Não se esqueça de explicar como o público se sente ou o que pensa a respeito da categoria do produto, da marca ou do serviço específico do qual estamos falando.

4) Qual a coisa mais importante que queremos dizer?
Qual a coisa mais persuasiva ou mais importante que podemos dizer para atingir nosso objetivo? De novo, tente colocar isso em uma frase. Mais que isso, só se for muito necessário. E evite generalidades, pois elas resultam em ambiguidade. Lembre-se: quanto mais específico, melhor e mais rápido o entendimento do consumidor. Com isso, você evita a tentação do cliente em querer dizer mil coisas de uma só vez, numa só peça. Provoque-o para que elabore com você essa idéia principal. Ou pelo menos que valide o que você escreveu.

5) Qual o racional que suporta as “razões para agir ou acreditar”?
Liste as razões emocionais e racionais para que o nosso público-alvo acredite no que queremos e para que faça o que queremos que ele faça.
Inclua todos os pontos que devem entrar no texto, em ordem de importância para o consumidor. Em outras palavras, é como responder à pergunta: O que mais pode ser dito para que a gente atinja o objetivo?

6) Obrigatoriedades, informações úteis, insights:
Aqui é onde você coloca todos os outros detalhes, como por exemplo qual a oferta que estamos fazendo (se é uma peça de resposta direta). Ou a descrição da personalidade da marca. E outros elementos obrigatórios, como: logo, endereço, telefone etc. que devem constar na peca.

7) Verba:
Sempre que puder, discuta com o cliente quanto ele espera investir no projeto. Dessa forma, você evita que uma boa idéia esbarre na impossibilidae de execução.

8) Cronograma: O que queremos da criação e quando precisamos?
Escreva aqui informações de mídia, tamanho da peça, cores. E também os prazos de todas as etapas, como por exemplo:

1) revisão inicial da criação (apresentação interna de roughs e idéias),
2) peças ajustadas,
3) apresentação final interna,
4) apresentação ao cliente,
5) envio do material para o veículo (ou para a gráfica).

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Antes de enviar o briefing à criação, certifique-se do seguinte:
[ ] Tenho todas as referências necessárias: anúncios anteriores, folhetos, anúncios dos concorrentes, publicações ou sites sobre o assunto em questão? Reuni um pacote completo de informações para a criação?
[ ] Se estiver brifando a respeito de uma comunicação de longo formato (site, livro, vídeo): listei para os criativos os pontos importantes que devem aparecer nos textos, bem como forneci referências visuais e de gráficos?
[ ] Ficou claro para o cliente o que DEVE ESTAR presente na comunicação e o que PODE ESTAR na comunicação? O que o cliente considera imprescindível versus o que ele gostaria, suas preferências?

(*)Fonte: AdCracker.com




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